Você já se sentiu ocupado do começo ao fim do dia e, mesmo assim, ficou com a impressão de não ter feito nada que realmente importava? Qual é o segredo daquelas pessoas que conseguem produzir em 4 horas o que outras levam o dia inteiro penando para entregar?
Na agência onde trabalho, havia um mistério que intrigava a todos. O João vivia atarefado – pulando de reunião em reunião, respondendo e-mails sem parar, almoçando em frente ao computador. Saía tarde todo dia, com olheiras e suspiros de cansaço. Já a Aline, colega do mesmo time, tinha uma abordagem totalmente diferente: estabelecia prioridades logo cedo, dizia não a reuniões desnecessárias e bloqueava pedaços da agenda pra tarefas importantes. Curiosamente, ela quase sempre saía no horário normal e ainda perguntava se alguém precisava de ajuda antes de ir embora.
Alguns colegas cochichavam: “Será que a Aline tem menos trabalho que o João? Não é possível…”. Mas a verdade apareceu numa entrega crucial: ambos tiveram que apresentar os resultados de um projeto importante. O João chegou todo enrolado, com várias partes incompletas “por falta de tempo”. A Aline, por sua vez, apresentou um trabalho redondo, dentro do prazo e até com melhorias extras. Não era mágica – era produtividade de verdade.
Depois dessa, é claro que todo mundo quis saber: como ela fazia aquilo? A Aline revelou alguns hábitos simples: ela começava o dia resolvendo primeiro as tarefas mais importantes ou difíceis (em vez de gastar energia com coisinhas triviais). Também agrupava trabalhos semelhantes em blocos de tempo, pra entrar no ritmo e ganhar velocidade, e fazia pequenas pausas pra recarregar as energias ao invés de tentar forçar produtividade por horas a fio sem descansar. E aqui vai o pulo do gato: ela evitava ao máximo as armadilhas de estar ocupada. Ou seja, não caía na ilusão de que quanto mais cheia de coisas parece a sua agenda, mais você produz. Em vez disso, ela se perguntava: “Isso que estou fazendo agora realmente me aproxima dos meus objetivos ou é só barulho?”.
Produtividade tem muito mais a ver com estratégia do que com esforço cego. Trata-se de fazer o que precisa ser feito do jeito mais inteligente possível. Às vezes significa simplificar um processo, delegar algo que não requer sua atenção direta, ou até deixar de fazer coisas que no fundo não teriam grande impacto. É o famoso trabalhar de forma mais inteligente, não apenas mais duro. Quem aprende isso consegue resultados melhores em menos tempo – exatamente como a Aline.
E vale lembrar: produtividade não é se transformar em uma máquina workaholic sem pausas, não. Muito pelo contrário! As pessoas mais produtivas que conheci valorizam descanso, sabem a hora de parar e recarregar. Elas entendem que estar com a mente descansada faz parte de produzir bem. É por isso que aquela ideia genial costuma aparecer quando você dá uma caminhada ou toma um café tranquilamente, e não quando está se debatendo há horas em frente à tela exausto.
Em suma, ser produtivo é produzir com qualidade no tempo certo, sobrando espaço para viver a vida fora do trabalho também. Ocupação não é sinônimo de produtividade – às vezes, é justamente o contrário. Então, se você se vê correndo o dia inteiro sem ver resultado, que tal parar e reavaliar como está usando seu tempo? Pergunte-se: “Estou sendo eficiente ou apenas ativo?”. Lembre do João e da Aline. Você vai descobrir que, com as estratégias certas, dá pra fazer em 4 horas o que antes levava o dia todo – e ainda sair com a sensação gostosa de dever cumprido.
Entre em contato pelo e-mail contato@israelelias.com.br ou pelo Instagram @oisraelelias.
Israel Elias — Mentor de Oratória — @oisraelelias.
