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Resiliência: caia sete vezes e levante oito – o poder da volta por cima

Quantas vezes você já pensou em desistir depois de enfrentar um grande tombo na vida? E se cada queda fosse, na verdade, um convite para voltar mais forte – você acreditaria no poder da resiliência de dar a volta por cima?

Falam que brasileiro não desiste nunca, mas vou te contar do Felipe, um cara que quase desistiu. Ele investiu anos de economias e energia numa pequena empresa dos sonhos. Era sua paixão. Só que as coisas não saíram como esperado: o negócio faliu, e Felipe se viu afundado em dívidas e frustração. Nessa hora, muitos “amigos” soltaram o velho discurso do “eu bem que avisei”. Foi um baque enorme. Durante um tempo, ele acordava sem vontade de sair da cama, se achando um fracasso completo. A família preocupada dizia pra ele procurar um emprego estável e esquecer essa história de empreendedorismo.

Mas no fundo do poço, algo incrível aconteceu: Felipe lembrou das inúmeras histórias de gente que caiu feio antes de triunfar. Decidiu que aquela derrota não seria seu final, mas o começo de um novo capítulo. Com muita humildade, analisou cada erro que cometeu na empresa. Pagou o que pôde das dívidas, reorganizou a vida e começou de novo – desta vez, com mais cautela e aprendizados na bagagem. Montou um novo negócio, bem mais simples, reaproveitando tudo que aprendera com os erros anteriores. No início, o medo de falhar de novo estava lá, cutucando diariamente. Mas a vontade de vencer falou mais alto. Aos poucos, o novo empreendimento do Felipe foi ganhando forma e, para surpresa de muitos, deu certo. Anos depois do fundo do poço, lá estava ele contando sua história de superação em eventos, inspirando outras pessoas a não desistirem.

Essa é a essência da resiliência: cair sete vezes e levantar oito. Não é sobre negar a dor ou fingir que nada aconteceu – é sobre sentir a pancada, mas escolher seguir em frente apesar dela. Pessoas resilientes não são feitas de ferro; elas choram, ficam chateadas, pensam em jogar tudo pro alto também. A diferença é que, depois de viver esse luto do sonho perdido, elas enxugam as lágrimas e pensam: “E agora, o que posso fazer? Como vou transformar isso em aprendizado?”. É quase como um músculo invisível que se fortalece a cada desafio.

Claro, ninguém quer passar por fracassos ou situações difíceis. Mas a vida, vez ou outra, nos coloca exatamente nessas circunstâncias. E é aí que a resiliência aparece como um superpoder silencioso. Ela nos dá perspectiva para entender que um momento ruim não define toda a nossa jornada. Com resiliência, a gente consegue tirar lições de experiências dolorosas e até se reinventar. Aquilo que era para nos quebrar acaba nos fazendo mais fortes, mais sábios.

A boa notícia é que a resiliência também pode ser cultivada. Em vez de se perguntar “Por que isso aconteceu comigo?”, experimente perguntar “O que eu posso aprender com isso?”. Mude o foco da lamentação para a ação. Busque apoio em quem te quer bem – dividir o peso faz ele ficar mais leve. Lembre das vezes que você já superou dificuldades no passado; elas são prova de que você é capaz. E se precisar, dê um tempo pra si mesmo: recarregue as energias, cuide da sua saúde física e mental, porque levantar não significa sair correndo imediatamente, e sim se preparar com calma para um novo passo.

No fim das contas, a vida é feita de altos e baixos, e a resiliência é o que nos permite continuar escalando mesmo depois de escorregar. Cada volta por cima, por menor que seja, reforça em nós a certeza de que não há tempestade eterna – uma hora a gente encontra um novo caminho, um novo sol. Então, da próxima vez que a vida te derrubar, lembre do Felipe e de tantos outros que usaram a queda como impulso para saltar mais longe. Levante, sacuda a poeira e recomece. Você vai se surpreender com a força que tem quando decide não desistir.

Entre em contato pelo e-mail contato@israelelias.com.br ou pelo Instagram @oisraelelias.

Israel Elias — Mentor de Oratória — @oisraelelias.

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